Crê-se que esta Instituição tenha sido fundada por volta do ano de 1747, por D. Mónica Maria Francisca de Sousa e Andrade ou D. Mónica Maria da Apresentação, como veio a adotar. Ao falecer em 22 de Janeiro de 1768, D. Mónica deixou testamento constituindo seu herdeiro universal o Recolhimento Jesus Maria José, Instituição que, inicialmente, se dedicou a recolher apenas senhoras cuja situação socioeconómica fosse frágil, mães solteiras ou outras sem suporte familiar ou socialmente marginalizadas.
As recolhidas, como se designavam à época, eram pessoas autónomas e autossuficientes que participavam na manutenção das Instalações e dos espaços de cada uma. Posteriormente, com o envelhecimento das próprias residentes, sentiu-se necessidade de passar a designar este Recolhimento como Lar de Idosos e, a partir de então, a Instituição passou a contar com um maior número de funcionárias e com utentes essencialmente a partir dos 65 anos de idade, salvo algumas exceções.
Esta Instituição tem a sua sede num edifício centenário, doado para fins de solidariedade social pelas proprietárias originais. Ainda que o edifício tivesse as condições mínimas em termos de espaço para o acolhimento do público a que se destina, houve a necessidade de realizar obras profundas de remodelação e adaptação às atuais exigências legais. Estas obras estão a decorrer e constituem-se como um importante marco para a modernização e melhoria dos serviços oferecidos pela instituição.
Numa
intervenção direccionada para a população do sexo feminino, pretende-se que se
tenham sempre presente os valores e os princípios do cuidar. Isto é, deverá
estar subjacente o respeito pela individualidade de cada um, o poder de
escolha, o poder de decisão e a autonomia da idosa. O cumprimento destes
valores assume-se como fundamental para o respeito pelos direitos das
residentes.
Intenta-se
que haja uma melhoria da qualidade de vida da idosa, quer em relação ao seu
estado de saúde, quer em termos sociais. Deve-se ter sempre presente, que esta
qualidade de vida pressupõe que a cliente seja autónoma e que esteja em
contacto com os sistemas que o envolvem: família, amigos, grupos comunitários,
instituições, entre outros. Considera-se que toda esta articulação irá
minimizar o isolamento a que se encontra sujeita esta população.
Pretende-se
alcançar os resultados enunciados através da formação contínua dos colaboradores
e dos Órgãos Dirigentes, da implementação do Sistema de Gestão de Qualidade, da
criação de um grupo de voluntários e através da articulação com outras
entidades de forma a promover a reintegração social.
Responsabilidade
No sentido da consciencialização social,
respeitando factores como o normal desenvolvimento das clientes a todos os
níveis, assumindo a responsabilidade pela manutenção de um meio envolvente
saudável e harmonioso, assente em valores éticos e deontológicos.
Foco no Utente
Personalizando soluções com o
objectivo de satisfazer as necessidades das clientes, olhando a pessoa no seu todo e não como a simples
soma das partes, trabalhando numa intervenção personalizada e valorizadora da
cliente em toda a sua dimensão biopsicossocial.
Motivação dos recursos humanos
Tendo em conta a valorização do trabalho dos
colaboradores, aplaudindo e incentivando boas práticas, tendo em vista a
criação de condições para o sucesso da Instituição.
Inovação e criatividade
Mostrando abertura para a implementação de
novas práticas sempre na procura pela prestação de serviços de excelência, que
contribuam cada vez mais para a qualidade dos serviços prestados pela
Instituição.
Profissionalismo e rigor
Ainda que as áreas profissionais que
integram o quadro de pessoal desta Instituição não seja tão abrangente como
desejável, assumimos o compromisso de unir saberes e experiências no sentido de
aperfeiçoar a nossa prática e conferir cada vez mais profissionalismo à
prestação dos nossos serviços.
Coerência, solidariedade e inclusão
Porque, para ser sustentável, o desenvolvimento deve
ser endógeno. As entidades que trabalham para a mudança social devem ser o
exemplo dos valores que defendem: solidariedade, cooperação, transparência,
rigor e eficiência, no desenvolvimento da sua acção. Devem portanto, as
Instituições de solidariedade social, ser o exemplo da mudança que pretendem
ver implementada em todas as organizações e na sociedade.